terça-feira, 30 de junho de 2020

A mar

Um pedaço de mar, dentro da sala.
Um salão, todo vazio, mas
salinha, minúscula para a mar.

Regras, lições, ordens, objetivos
inúteis, a mar despersa, sorridente
ressoa música do seu ser liberto
carregando em si uma parte do horizonte
para o qual ela vai, do qual veio,
parte do que é, eterno distante.

Da sua incostância, flui
mesmo na aparência imóvel é
sua superfície toda tensão, movimento
um algo de desequilíbrio e paixão.

Aos olhos dos comuns, encanta
as mentes que despertam em desejo
de assim ser livre, horizonte.

Da beleza que cria, que cada momento se torna,
a pedra que de longe observa faz
inspirado na canção dela
poesia.


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Onishiroi Shonin

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