domingo, 6 de abril de 2014

Dedos na nuca

O hiato do segundo
aonde a vida se congela.
O ar prende,
a boca encharca,
a mão nem treme.

O mundo lento, aquoso.
Os pés se firmam,
mas encontram areia.
A mente foca.

E o corpo se lança, se joga.
As mãos se esticam,
a boca abre
em silêncio.

E o primeiro
beijo ocorre.


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Onishiroi Shonin

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