A vida, que não entendo,
faz-se de um somatório
de pequenas coisas que,
estas,
eu entendo.
Ou finjo que entendo.
Boletos que precisam ser pagos
ou escolher qual atrasar.
Horários para seguir
obrigações a cumprir
deveres a executar
e uma série de outros verbos.
Resistir.
Costumam dizer bastante
resistir.
Eu entendo resistir.
Ou finjo que entendo.
Tudo somado, a vida
é um verbo complexo
e muito, muito chato,
que entendo aos poucos
mas não o muito.
Resisto.
Enfrento.
Amo.
Ah, eu amo.
Em alguma parte da luta
eu amo,
pura e simplesmente
amo.
E esse verbo,
esse pequeno verbo,
eu não entendo em absoluto.
Nesse mistério sem sentido
a estranheza da vida
e todos aqueles verbos
cria razão.
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Onishiroi Shonin
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