A sinfonia é sem ritmo
tocando ao fundo da distopia.
Erguemo-nos, afinal de contas.
Os sons, difíceis não ouvir.
Gritos de ordem, de caos.
Gritos que nos mandam calar.
Atravessam o ar, sons
e pedras e chamas e balas.
As malditas e constantes
balas, de chumbo ou borracha.
Nos querem quietos,
nos querem sentados,
nos querem pacificados,
nos querem mortos, acabados.
Erguemo-nos, afinal de contas.
Olhos cheios de lágrimas,
mesmo antes do gás,
e corações cheios.
Fizemos caos, mas no meio
no meio do caos, do grito,
dos sons tão letais,
fizemos música.
Afinal, ainda temos
os corações cheios.
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Onishiroi Shonin
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