No silêncio, aonde não posso ouvir
nem mesmo o soprar do vento,
pois que até mesmo este
hoje está tão distante de mim,
observo as paredes cobertas
de livros, estantes, e mesmo,
mesmo na parede mais vazia
a memória carregada pela tinta
branco-risada.
Neste silêncio, denso,
que não posso pegar,
mas sinto à minha volta
desafiando-me a dizer palavra.
Não ouso, eis que quebro.
No meu quebrar, sutil
mantenho íntegro algo.
Silêncio.
Na profundeza de minha mente
lembro da risada, da voz,
do toque, do calor,
e dos planos.
Ah, a saudade que sinto.
Na casa vazia que habito
pacientemente aguardo
pois sei que aquele sorriso,
aquele toque, aquele calor,
voltará, para continuar
comigo
a fazer do silêncio um estranho
e dessa casa
lar.
______________
Onishiroi Shonin
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça um poema feliz, converse com ele XD