Ninguém viu o sol partir.
Na tarde chuvosa os olhos
ficam todos pesados, baixos.
De qualquer forma, no cinza
a manhã e o anoitecer se confundem.
Nem tudo fica cinza.
Os ternos continuam negros
e as árvores que ainda tem
ficam com as folhas mais verdes.
Mas os olhos, semicerrados
veem o chão e o asfalto molhado.
Uma criança brincando pula uma poça
esquecendo para trás seu guarda-chuva
cor de rosa.
Os olhos continuam pesados.
A mãe vê imprudência e doença
aonde o mundo lhe apresenta poesia.
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Onishiroi Shonin
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