Era para ser uma noite daquelas
meio esquecíveis, aleatórias.
Ao menos, assim tudo indicava
entre o cheiro de chuva e o calor
que eram para o verão, normais.
Eu estava quieto, calmo, só,
salvo do mesmo eterno amigo
companhia, uma garrafa de vinho.
Era para ser uma noite daquelas
que nem se chamam normais
pois esquece-se, perde-se,
apagam-se na memória, tão iguais.
Mordi o lábio inferior contudo.
De assalto, súbito me veio
o gosto, a dor, o cheiro
a memória do seu beijo.
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Onishiroi Shonin
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