Eu grito: Resistir!
em frente ao muro de preto-luto.
Palavras, branco-bastão
anunciam que ainda se sobrevive,
por pouco, por aparelhos.
Eu grito: Resistir!
nas ruas, minha voz entre muitas,
pedindo, implorando, cantando, clamando,
desesperando,
para que não, como anunciado,
desliguem os aparelhos.
Eu grito: Resistir!
como estamos resistindo desde...
desde que lembro.
Nós, jovens e velhos, partes
de um corpo, em eterno desmonte.
Porque morrer... nós recusamos.
Então resistimos.
______________
Onishiroi Shonin
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