segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Queimando o céu (2)

Meu céu era laranja
e vivia com medo
de ser o crepúsculo
(do fim de tudo anúncio)
e não da aurora
o lusco-fusco.

A agonia e temor
pareceram uma eternidade
mas por fim, ficou
tudo azul
e fez-se dia.

Dia belo e glorioso
que sobre um verde gramado
frui.

Fruir.

Senti o vento e o frio
de uma sombra.
Tolo.
Ao dia segue-se
n a t u r a l m e n t e
o vermelho crepuscular.


______________
Onishiroi Shonin

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