Era uma vez uma menina
que escrevia poemas e poesias.
Tímida, a pobre menina,
as guardava, as escondia.
As poesias gritaram, um dia.
Cantantes, vibrantes,
queriam o som da voz,
queriam a luz do dia.
E a menina então,
a pobre menina,
fez-se grande e cantou
a bela poesia.
Mas a dura orelha
negra e branca e sem cor,
gritou gritou e gritou,
em prosa sem sintonia.
A menina, pobre menina,
todos os versos engoliu.
Chorou letras e canções
que nunca mais seriam.
A menina, rica mulher,
hoje simplesmente faz contas.
Soma, vende, brutaliza.
E sonha lindas canções,
explodindo conventos em prosa dura.
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Onishiroi Shonin
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