quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A dama de negro

Uma dama de negro
me estendeu as mãos,
tentando me tirar do vale
de trevas de meu coração,
(ironia...)
mas cego que estava
não vi sua intenção.
Ela clamou meu nome
através da escuridão
Mas surdo que era (e sou)
não ouvi sua canção.

Uma dama de negro
me estendeu as mãos.
Uma última oferta
de salvação...
e eu,
(estúpido que era)
(e sou)
não vi.

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Onishiroi Shonin

domingo, 27 de outubro de 2013

Ao topo cheguei

No topo, finalmente,
parei. Espada em punho
manchada e dentada.

A capa rasgada ao vento,
o rosto quente e húmido.

Vi o sol claro, o horizonte
infinito, o mundo, meu.
No topo, finalmente,
fiquei feliz. Herói,
contudo, não fui.

Meu prazer se deu,
tão simplesmente,
de olhar para baixo
e ver os que não chegaram.

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Onishiroi Shonin

Domingo

Andava pela rua,
bem normal. Nem
quente nem frio,
apesar do sol,
amarelo, branco e azul.

O andar pensa,
muito lembra,
pouco vê. Tudo,
tudo mesmo, sempre
sempre é igual.

As esquinas, concreto,
árvores, números, moedas.
Um barulho que vira ritmo.
Música instrumental.

Mas no meio da rua -
fechada do domingo -
uma menina pulava
abismos amarelos de giz.

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Onishiroi Shonin

Olhos

Olhou a amada.
Viu-a líquida,
em lágrima.

Olhou a amada,
meio desfocada,
fraca.

Olhou a amada.
Pobre tolo.

Via apenas na janela
a chuva, as trevas
e um reflexo que o ignorava.

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Onishiroi Shonin

sábado, 12 de outubro de 2013

Cloudy

It was a day, beauty
as beautyfull could be.
Sunny to the ones
looking straight.

It was day, beauty
as beautyfull could one see.
Warm, yellow and red,
and white, white, white.

One missed the blue
and looked up.
Saw snowwhite princess
all over the sun.

Then an apple fell.
The sky raged in fury
and a witchcrafted storm
washed the beauty away.

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Onishiroi Shonin