Tinha dedos ágeis
escrevendo pelo teclado
como Vladimir Horowitz.
Tinha língua incansável
cheia de palavras
primorosamente rimadas.
Tinha mente afiada
perceptora de detalhes
que o mundo clareava.
Mas foi uma mulher que lhe disse
que não bastava ser poeta.
Tinha que saber puxar o cabelo.
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Onishiroi Shonin
domingo, 18 de maio de 2014
quarta-feira, 14 de maio de 2014
Dando forma
Tentei escrever um poema
para ver se dando forma
era possível, talvez,
botar pra fora
esse foco, essa idéia,
que me ocupa, perturba,
sem parar, sem embotar
dia adentro, noite afora.
Que se me torna feliz,
me agonia e consome,
me levanta e me derruba.
Me vicia, me devora.
Eu desisto, em favor de dizer
que você vai ter simplesmente
que me beijar.
Você vai entrar na minha vida
já que se tornou toda a graça dela.
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Onishiroi Shonin
segunda-feira, 12 de maio de 2014
Um poema bobo
Era jovem e era rapaz,
e era cheio de nobreza.
Olhava o mundo como um quadro
e dizia sempre que iria retocá-lo.
Tinha no coração forte alicerce,
que resistia a qualquer intempérie,
pois nele havia uma moçoila,
a qual ele amava e que o amava.
Mas um dia o jovem, o pobre rapaz,
fez o mundo chorar ao vê-lo quebrar.
Ah, ele, o menino. O pobre rapaz.
É que ele, rapaz, nobre virjão,
descobriu que sua amada, seu coração,
trepava.
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Onishiroi Shonin
e era cheio de nobreza.
Olhava o mundo como um quadro
e dizia sempre que iria retocá-lo.
Tinha no coração forte alicerce,
que resistia a qualquer intempérie,
pois nele havia uma moçoila,
a qual ele amava e que o amava.
Mas um dia o jovem, o pobre rapaz,
fez o mundo chorar ao vê-lo quebrar.
Ah, ele, o menino. O pobre rapaz.
É que ele, rapaz, nobre virjão,
descobriu que sua amada, seu coração,
trepava.
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Onishiroi Shonin
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