De papel cinza e tinta preta,
fez-se dados, na nuvem.
Do oriente não veio sol,
mas vento frio e tempestade.
Sem som, sem grito, sem trovão.
Tudo caiu, ruiu.
Em chuvarada, de números
vermelhos disfarçada.
O dia findou.
Os homens duros despediram-se
ainda secos, e foram
para outro dia.
O hoje virou dados
na nuvem
e a bolsa caiu 2,21%
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Onishiroi Shonin
terça-feira, 15 de abril de 2014
domingo, 6 de abril de 2014
Dedos na nuca
O hiato do segundo
aonde a vida se congela.
O ar prende,
a boca encharca,
a mão nem treme.
O mundo lento, aquoso.
Os pés se firmam,
mas encontram areia.
A mente foca.
E o corpo se lança, se joga.
As mãos se esticam,
a boca abre
em silêncio.
E o primeiro
beijo ocorre.
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Onishiroi Shonin
aonde a vida se congela.
O ar prende,
a boca encharca,
a mão nem treme.
O mundo lento, aquoso.
Os pés se firmam,
mas encontram areia.
A mente foca.
E o corpo se lança, se joga.
As mãos se esticam,
a boca abre
em silêncio.
E o primeiro
beijo ocorre.
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Onishiroi Shonin
sábado, 5 de abril de 2014
Linha Amarela
A base era cinza e não branca,
e o artista, pouco inspirado.
Na sua curta aquarela
poucas cores, mal misturadas.
Fez uma linha amarela,
quase reta.
Em pontos, as vezes, borrada,
em outros, precisa tal qual régua.
Fez manchas de céu mas,
brancas e cinzas.
Fez céu de chuva, fez sem graça.
Sem azul, sem laranja.
O artista, pouco esforçado
fez não belo, não prático.
Mas a tela, revoltada,
brotou verde, rosa e vermelho,
de dentro para fora
e salvou o quadro.
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Onishiroi Shonin
e o artista, pouco inspirado.
Na sua curta aquarela
poucas cores, mal misturadas.
Fez uma linha amarela,
quase reta.
Em pontos, as vezes, borrada,
em outros, precisa tal qual régua.
Fez manchas de céu mas,
brancas e cinzas.
Fez céu de chuva, fez sem graça.
Sem azul, sem laranja.
O artista, pouco esforçado
fez não belo, não prático.
Mas a tela, revoltada,
brotou verde, rosa e vermelho,
de dentro para fora
e salvou o quadro.
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Onishiroi Shonin
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