Eu fico olhando a folha
branca, por nada ter.
Nela conto as letras que
cabem, como blocos,
que na pedra o escultor
encaixa.
Ele fica olhando a pedra,
cinza, branca ou multicor.
Retira dela tudo,
tudo aquilo que não é
o que quer.
Eu fico olhando a folha
branca, cinza ou qualquer-cor.
Lhe toco gentil e pergunto:
"que poema, quer aqui viver?"
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Onishiroi Shonin
sábado, 30 de novembro de 2013
domingo, 17 de novembro de 2013
Blosh
Vi em profecia
as chamas
dos novos tempos.
Ruminei a visão.
Vi o fim, e somente
uma forma
de evitá-lo.
Não usei palavra.
De forma simples,
direta,
fiz na calçada
arte abstrata.
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Onishiroi Shonin
as chamas
dos novos tempos.
Ruminei a visão.
Vi o fim, e somente
uma forma
de evitá-lo.
Não usei palavra.
De forma simples,
direta,
fiz na calçada
arte abstrata.
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Onishiroi Shonin
domingo, 10 de novembro de 2013
Preto no branco
As palavras, pobres,
diretas e simples.
Retas, nem sequer
pintadas.
Riscos secos, retos.
Indiferentes à estória,
ao conteúdo, significado.
Pontos de contraste.
Frios, calados. Sem
valor, por si. Código
e valor de quem os vê.
Busca neles algo,
seu criador e mestre;
seu servo e criado;
seu leitor e escritor.
E eles continuam calados.
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Onishiroi Shonin
diretas e simples.
Retas, nem sequer
pintadas.
Riscos secos, retos.
Indiferentes à estória,
ao conteúdo, significado.
Pontos de contraste.
Frios, calados. Sem
valor, por si. Código
e valor de quem os vê.
Busca neles algo,
seu criador e mestre;
seu servo e criado;
seu leitor e escritor.
E eles continuam calados.
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Onishiroi Shonin
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